sábado, 28 de agosto de 2010
O baú
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Anti-Gravidade
Incubus - Romance de Verão (Romance Anti-Gravidade)
O lixo
- Bom dia...
- Bom dia.
- A senhora é do 610.
- E o senhor do 612
- É.
- Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...
- Pois é...
- Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo...
- O meu quê?
- O seu lixo.
- Ah...
- Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena...
- Na verdade sou só eu.
- Mmmm. Notei também que o senhor usa muito comida em lata.
- É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar...
- Entendo.
- A senhora também...
- Me chame de você.
- Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignons, coisas assim...
- É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas, como moro sozinha, às vezes sobra...
- A senhora... Você não tem família?
- Tenho, mas não aqui.
- No Espírito Santo.
- Como é que você sabe?
- Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.
- É. Mamãe escreve todas as semanas.
- Ela é professora?
- Isso é incrível! Como foi que você adivinhou?
- Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora.
- O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.
- Pois é...
- No outro dia tinha um envelope de telegrama amassado.
- É.
- Más notícias?
- Meu pai. Morreu.
- Sinto muito.
- Ele já estava bem velhinho. Lá no Sul. Há tempos não nos víamos.
- Foi por isso que você recomeçou a fumar?
- Como é que você sabe?
- De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo.
- É verdade. Mas consegui parar outra vez.
- Eu, graças a Deus, nunca fumei.
- Eu sei. Mas tenho visto uns vidrinhos de comprimido no seu lixo...
- Tranqüilizantes. Foi uma fase. Já passou.
- Você brigou com o namorado, certo?
- Isso você também descobriu no lixo?
- Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito lenço de papel.
- É, chorei bastante, mas já passou.
- Mas hoje ainda tem uns lencinhos...
- É que eu estou com um pouco de coriza.
- Ah.
- Vejo muita revista de palavras cruzadas no seu lixo.
- É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.
- Namorada?
- Não.
- Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.
- Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.
- Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.
- Você já está analisando o meu lixo!
- Não posso negar que o seu lixo me interessou.
- Engraçado. Quando examinei o seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la. Acho que foi a poesia.
- Não! Você viu meus poemas?
- Vi e gostei muito.
- Mas são muito ruins!
- Se você achasse eles ruins mesmo, teria rasgado. Eles só estavam dobrados.
- Se eu soubesse que você ia ler...
- Só não fiquei com eles porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é propriedade dela?
- Acho que não. Lixo é domínio público.
- Você tem razão. Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso?
- Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...
- Ontem, no seu lixo...
- O quê?
- Me enganei, ou eram cascas de camarão?
- Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.
- Eu adoro camarão.
- Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode...
- Jantar juntos?
- É.
- Não quero dar trabalho.
- Trabalho nenhum.
- Vai sujar a sua cozinha?
- Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.
- No seu lixo ou no meu?
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
A vida é agora...
A gente se acostuma a medir a vida em dias, meses, anos… Mas, será que é mesmo o tempo que mede a nossa vida? Ou a gente devia contar a vida pelo número de sorrisos? De abraços? De conquistas? Amores? De sucessos e fracassos?
Por que ao invés de dizer tenho tantos anos, a gente não diz: tenho três amigos, oito paixões, quatro tristezas, três grandes amores e dezenas de prazeres?
A gente vai vivendo e, às vezes, esquece que a vida não é o tempo que a gente passa nela, mas o que a gente faz e sente enquanto o tempo vai passando.
Dizem que a vida é curta, mas isso não é verdade. A vida é longa pra quem consegue viver pequenas felicidades. E, essa tal felicidade vive aí disfarçada, como um criança traquina brincando de esconde-esconde.
Infelizmente, às vezes não percebemos isso. E passamos a nossa existência colecionando nãos. A viagem que não fizemos; O presente que não demos; A festa a qual não fomos; O ensinamento que não aprendemos; A oportunidade que não aproveitamos.
A vida é mais emocionante quando se é ator e não espectador. Quando se é piloto e não passageiro; pássaro e não paisagem.
Como ela é feita de instantes não pode e não deve ser medida em dias ou meses, mas em minutos e segundos.
(desconhecido)
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Ausência
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
“Eu te amo” não é “bom dia”!
Impressiono-me com a fugacidade que deram ao amor. Hoje em dia se diz eu te amo com uma facilidade tão grande que até me assusta. Incrível como as pessoas, que às vezes mal se conhecem, com pouquíssimo tempo de relacionamento se declaram apaixonados, fazem juras eternas e dizem efêmeros ‘eu te amo’...
Mas será que sabem realmente o que é o amor? Amor não surge num passe de mágicas. Amor é algo mais concreto, exige tempo, convivência, renuncia, conquista, maturidade... É um exercício constante.
“O amor não se reduz ao físico, ao romântico....
O amor verdadeiro é a aceitação de tudo o que o outro é ...
De tudo o que o outro foi... Do que será... Do que já não é...”
É preciso pensar duas vezes antes de dizer a uma pessoa que a ama. Não confunda amor com carinho, desejo, paixão, curiosidade... Não se iluda, amar não é tão fácil e banal como muitos demonstram ser.
Só diga que ama alguém, se tiver certeza, se de fato entender o que é o AMOR, afinal “eu te amo” não é “bom dia”!
domingo, 8 de agosto de 2010
O tempo...
Hoje tentei escrever, expressar como me sinto... Mas a mão se recusa a digitar, não encontro as palavras certas para exprimir meus devaneios. Fui em busca de alguém que em algum momento da vida tenha sentido algo ao menos parecido e tenha conseguido expressar-se...
Um dia avisaram para os moradores desta ilha que ela ia ser inundada. Apavorado, o amor cuidou para que todos os sentimentos se salvassem; ele então falou:
_ Fujam todos, a ilha vai ser inundada.
Todos correram e pegaram seu barquinho, para irem a um morro bem alto. Só o amor não se apressou, pois queria ficar um pouco mais na ilha.
Quando já estava se afogando, correu para pedir ajuda.
Estava passando a riqueza e ele disse:
- Riqueza, leve-me com você.
Ela respondeu:
- Não posso, meu barco está cheio de ouro e prata e você não vai caber.
Passou então a vaidade e ele pediu:
- Oh! Vaidade, leve-me com você.
- Não posso você vai sujar o meu barco.
Logo atrás vinha a tristeza.
- Tristeza, posso ir com você?
— Ah! Amor, estou tão triste que prefiro ir sozinha.
Passou a alegria, mas estava tão alegre que nem ouviu o amor chamar por ela. Já desesperado, achando que ia ficar só, o amor começou a chorar.
Então passou um barquinho, onde estava um velhinho.
- Sobe, amor que eu te levo.
O amor ficou tão radiante de felicidade que esqueceu de perguntar o nome do velhinho.
Chegando no morro alto onde estavam os sentimentos, ele perguntou à sabedoria:
- Sabedoria, quem era o velhinho que me trouxe aqui?
Ela respondeu:
- O TEMPO.
- O tempo? Mas, por que só o tempo me trouxe aqui?
- PORQUE SÓ O TEMPO É CAPAZ DE AJUDAR E ENTENDER UM GRANDE AMOR.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Somente por uma estação
"Quando pessoas entram em nossas vidas por uma "Estação", é porque chegou sua vez de dividir, crescer e aprender. Elas trazem para você a experiência da paz, ou fazem você rir. Elas poderão ensiná-lo algo que você nunca fez. Elas, geralmente, te dão uma quantidade enorme de prazer... Acredite! É real!
Mas somente por uma "Estação"."