sábado, 2 de julho de 2011

Incertezas


Sinto-me mergulhada na imensidão obscura de minhas incertezas, mantendo a solidão refém de minha alma, inebriada pelo fogo do amor e desamor que consome minha existência.
Entorpecida pelo desejo ardente de afogar-me em meu mar de lágrimas, sinto o vazio melancólico desses muros de concreto que me prendem.
Sufocada pela "dor que desatina sem doer", arrancando-me o fio de lucidez que me resta, fazendo-me viajar pela inercia angustiante que perturba minh'alma vejo meus castelos desmoronarem diante de meus olhos, sem poder fazer nada para impedir.


Mônica Bacelar

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