Nada mais me pertence. Meus sonhos, meus medos, as coisas que sou e não sei, as coisas que quero e não fui. Como posso impedir o inévitavel, se já não sou o que era momentos atrás? E meus pés, que fazem eles? Não me respeitam mais e lhe acompanham como se tivessem, para sempre, sido seus. Como se atrevem, você e essas partes todas de mim? Não me reconheço mais sabendo o que sei agora. Entendendo que o que mais quero é deixar que me leves pelo braço, flutuando nesse bosque-mar que vislumbro, ambos se iniciando em algo mútuo, torcendo sempre para que bons ventos possam alcançar.
Maíra Viana
(Dialogando com "Sina nossa")
(Dialogando com "Sina nossa")
Bons ventos para nós ♫
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