Vestida em sua 'armadura' ela era forte, destemida, audaz...
Não se feria facilmente, pois estava protegida.
Era capaz de esmagar qualquer espinho que atravessasse seu caminho.
Hoje, ela encontra-se despojada ...
Tornou-se frágil e delicada
Capaz de ferir-se com o menor dos espinhos no meio da estrada.
Entretanto, nem sempre ela esteve protegida por uma 'armadura'
Outrora ela andava descalça num mar de rosas
Até ferir-se com inúmeros espinhos
Então, sentiu necessidade de proteção
E por um bom tempo escondeu-se atras daquela 'armadura'
As feridas sararam e os espinhos aparentemente desapareceram
Ela acreditava conhecer o caminho a ser percorrido
Perdeu o medo e privou-se de sua proteção
Pois à sua frente só via rosas
O que ela não percebeu é que não existem rosas sem espinhos,
a não ser que sejam tirados dela
E parece que mais uma vez ela feriu-se nos abrolhos das flores que recebera
É chegada a hora de cobrir-se com sua armadura de novo?
Sim... A vida requer cuidado
E enquanto as rosas vierem com espinhos, melhor proteger-se.
Mônica Bacelar
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